É preciso reconhecer que, antes de sermos indivíduos isolados, somos um grupo (ou precisamos ser). É preciso enxergar esse grupo, ele vai além da nossa casa, da nossa família. O esplendor e a miséria da vida humana não são vivenciados por uns ou por outros, todos experimentam tal situações de maneira muito parecidas, apenas com cores e roupagens diferentes. A força que nos leva até o buraco do individualismo nos faz ignorar essa similitude. Quanto mais o ser humano se fizer valer por sua liberdade individual, mais a força proveniente da união perecerá. É exatamente isso que o sistema que nos comanda deseja: quanto mais as forças coletivas se desagregam, mais a chance de uma rebelião social se perde. Uma rebelião não no sentido de guerra que separa em dois ou mais lados, mas sim no caminho da coletividade. Desde que, há milhares de anos, os dois primeiros indivíduos da raça humana se encontraram – ambos sentindo o medo terrível da solidão – formou-se o primeiro grupo, o primeiro ser coletivo, aquele que se tornou mais forte e venceu o vazio da existência solitária. Nada mais é a depressão do que a cruel constatação de que a vida é muito dura para ser encarada só.
sábado, 13 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário