
domingo, 31 de março de 2013
Entusiasmo e engajamento - O caso Feliciano

domingo, 24 de março de 2013
Desejos guardados

sexta-feira, 22 de março de 2013
O cientista político
Numa cidade nada pacata vive um cientista político, pelo menos é esta sua autodenominação. Convicto de que vive num mundo sórdido e pouco confiável, observa a vida cotidiana de seus concidadãos através de sua lupa pessimista. Dessas observações extrai documentos da mais alta importância, todos sempre muito bem distribuídos pela imprensa local, que lhe abre espaço dada a sua ótima reputação de colecionador de desafetos. Ele é pop e muito polêmico, porém pouco compreendido, justamente por um leve pedantismo, digno de qualquer cientista destacado. Entre ele e todos nós existe um abismo profundo onde está depositado o que resta da escassa moral que ainda existe por essas bandas. Ao seu lado só figurariam, se fossem capazes de atingir sua altivez, certos paladinos da retidão e dos bons costumes. Na verdade, ele faz questão de ostentar alguns péssimos hábitos, faz parte da manutenção de seu destacamento perante a insignificância de seus inimigos, ou seja, todos que o rodeiam. Resumindo, ele é politicamente incorreto, tem identidade debochada e faz escola nessa gloriosa forma de encarar a vida. Há indícios de que ele perambula secretamente por alguns porões ao lado de outros roedores da coisa pública, mas sobre isso nada podemos afirmar. Por outro lado, é muito difícil vê-lo nas ruas, pois ele não se envolve com as ações práticas da política, ditas por ele hábitos costumeiros de molecotes mimados e ingênuos. A democracia para ele se resume ao direito de proclamar suas verdades iluminadoras e absolutas, sempre mantendo sua imunidade aos imorais. Sua posição é de fato a de franco atirador, la do alto ele acerta precisamente em todos, ninguém escapa de sua mira precisa. E assim ele prossegue em sua heroica missão, delatando as bravatas alheias e inflando o seu generoso ego de ser solitário e perseguido. Um bravo guerreiro da causa própria. Vida longa ao cientista político!
quarta-feira, 20 de março de 2013
Teimoso
Nunca escreva versos ou qualquer outro texto quando estiver se sentindo triste, eles vão denunciar a sua fraqueza e, não apenas, também parecerão muito entediantes a quem os ler. A melhor coisa a fazer quando estiver se sentindo assim é deixar a tristeza penetrar, fazer o seu curso por todas as veias, ossos, pulmões, consciência e espírito. Sinta o seu trajeto, perceba o que ela quer te dizer, pode ser algo realmente interessante. Talvez essa tristeza seja uma forma de fazer brotar alguma coisa positiva, alguma mudança ou novidade. Seja o que for, com paciência ela irá mostrar o seu significado. Enquanto isso, não seja teimoso!
quarta-feira, 6 de março de 2013
O destino nada promete
Meu bem, quando disse que dividiria pra sempre o meu sucrilhos com você, era verdade. Mas você sabe, meu bem, todo encanto um dia acaba, e o que morava no futuro agora paga aluguel no passado. Meu bem, fiz de tudo pra sonhar de novo aquele velho sonho, mas acordei assustado perguntando quem era você. Não me desminta, meu bem, nunca fui daqueles que vacila quando se trata de um grande amor, mas eu pisquei e ao abrir os olhos simplesmente tudo mudou. Meu bem, eu não sei porque, mas de repente esse bem já não era mais meu. O destino nunca nos engana, porque nada promete. Não foi por mal, meu bem, eu sofri também.
sábado, 2 de março de 2013
28
O tempo é o alimento da existência. Sem ele não há desenvolvimento, não há movimento, não há sequer um simples momento. É o devir, a mudança, o vir a ser, o transformar. São 28 anos vividos e muito ainda a ser percorrido. Só não me sai da cabeça que o melhor da vida ainda está por vir. Tempo, eu não tenho medo, que venha mais uma primavera.
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