segunda-feira, 31 de março de 2014

Mercadores e políticos

Não diga que a política é uma merda e que os "nossos" políticos não prestam. Não há política, não existem políticos no poder. O que há hoje são mercadores do bem público, nossas administrações de prefeituras e governos são como mercados. A prioridade não é cuidar de pessoas, e sim zelar por finanças. A alma do negócio está em ver a roda girar. Eles querem desenvolvimento urbano, poder aquisitivo,consumo, emprego, verbas e mais verbas. Porém, não se esqueça que política não é verba, política é verbo, é ação em prol do bem comum, coisa que muito nos falta. Política, em seu sentido original, deve significar algo como "inteligência coletiva", de modo que a sociedade a tenha enquanto meio de equilíbrio entre todos. Política de verdade seria destruir o controle, jamais assumi-lo. Estes que podemos observar hoje, vendendo suas falsas imagens, são os mercadores, uma tradição que remonta às grandes navegações de séculos atrás. Aventureiros sedentos de poder e dinheiro. Correndo por fora estão os políticos, aqueles que se preocupam com os outros de verdade. Um sujeito que ajuda um cego a atravessar a rua, ali está o político. Uma garota acolhendo um cão faminto na rua, ali está a política. Não podemos confundir tais atos com o delírio desenvolvimentista que domina os poderosos. A riqueza material é avessa ao bem comum, só se considera político alguém que a combate com toda a sua força.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sopra, Oyá!

Sopra o vento da mudança, minha mãe Oyá
Quero ver o teu assopro me modificar
Nas horas de tempestade quero ouvir você
Um raio forte e iluminado me estremecer

Sopra o vento da mudança, minha mãe Oyá
Faz o que estava fixo se movimentar
É preciso chuva forte para germinar
É preciso ventania para transformar

quarta-feira, 19 de março de 2014

Reclamando em prosa

Oh, sinhora curandeira, tua cura é viciosa. Quase até qui eu num respiro mai, causa dessa febre tinhosa. De repente me vi longe de tu e das tuas pose formosa. Agora, como é qui eu faço com essa falta melindrosa? Essa situação é disastrosa, até purque sei qui tu tamém tá querosa. No fundo, a espera é sim muito valorosa, mas tamém é fuderosa, a ponto de fazê eu tê umas atitude indecorosa, tipo fica reclamando em prosa as tuas carícia saudosa. Vamo vê quando qui eu posso te vê, minha rosa, pra gente pudê se curá juntin, afastá as mente maldosa e tê uma noite daquelas bem prazerosa.