sábado, 11 de janeiro de 2014

Promessas, bolas e refrigerante

Está para começar a Copa do Mundo no Brasil e temos muito a observar. Quando eu tinha 13 anos, o futebol era pra mim uma fonte inesgotável de emoções. Conhecia muito sobre o jogo. Estudava, lia, assistia. Só o jogo. Pra mim não existia um contexto social ao seu entorno. Hoje, com 28 anos, o futebol é pra mim muito mais do que jogo e as emoções já são outras. Me emociono hoje ao saber que, por causa do jogo, milhares de famílias estão sendo retiradas de suas moradias, árvores estão sendo derrubadas, vidas negativamente transformadas por causa de um evento. Todos para fora do caminho do jogo, e por quê? Porque esse jogo é muito mais do que parece. Futebol nunca foi tão política. A realização da Copa do Mundo representa o anseio de um país desenvolvido economicamente, um país que mostra seus atributos ao mundo, um país que abre as portas para os negócios de toda parte. Na sociedade massificada, cultura e esporte são formas de entreter, impressionar, causar sensações e, principalmente, fazer aceitar o processo. Não sei se estou conseguindo me fazer entender. O que quero dizer é que, muito além da alienação, o jogo carrega também uma promessa. Quantos garotos de 13 anos devem estar agora colando figurinhas em seus álbuns da Copa. Eles provavelmente acreditam na promessa. O jogo, essa fonte inesgotável de emoções, ele é capaz de fazer andar um país.

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