domingo, 2 de junho de 2013

Não me calo

Contar histórias pra quem? Pra quê? Por que a gente abre a boca nesse mundo onde palavras e ideais são o tempo todo tão banalizados? A verdade é que cada um tem o seu motivo pra falar. A verdade é que o desejo de jogar pro mundo o que se sente às vezes é maior que o desejo de silêncio. A gente deixa de ser prudente e se mostra pro outro. Melhor seria estar calado? Apenas ver e ouvir? Mas não, ele quer falar, expressar, porque a coisa mexe e remexe no interior dele. Ele não se contenta em assistir, ele quer também dar o significado, entender, discutir e errar. Quem sabe possa até convencer alguém? Hein? Convencer e caminhar junto? Na pior das hipóteses pode ser chamado de idiota ou imbecil. E por que não correr esse risco? Ele só não vai poder ser chamado de omisso, pois ele tentou, saiu da inércia e cumpriu um papel mais digno do que aquele outro que se calou diante dos fatos. Daquele que aceitou em silêncio a opressão. Daquele que preferiu ser um indivíduo aparentemente honesto e pacato na sua opinião contida. Daquele outro ainda que fingiu ser surdo e mudo como desculpa. Eu não me calo!

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