terça-feira, 22 de maio de 2007


"Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso o que seu coração lhe manda fazer. Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. [...] Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece."

O trecho acima foi retirado do livro A Erva do Diabo, cujo o autor é o antropólogo Carlos Castaneda. A pesquisa, que foi realizada juntamente com o pajé Don Juan, se refere às plantas alucinógenas usadas por eles, índios mexicanos. No livro, Castaneda relata a sua participação nas experiências alucinógenas, e ao longo da sua convivência com o índio, vai absorvendo ricos ensinamentos tanto espirituais, como também filosóficos. (o trecho é uma fala de Don Juan)

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